Conhecida de longa data pelos produtores de cana, a Brachiaria decumbens dificulta o bom desenvolvimento do canavial, atrasando o seu crescimento e até comprometendo a produção. Ela é perene, vigorosa e agressiva, com crescimento que pode alcançar um metro de altura. As plantas produzem grande número de colmos semi-decumbentes com nós radicantes, de onde brotam touceiras que encobrem a superfície do solo.
Outra característica da B. decumbens: não é alvo preferencial das formigas cortadeiras de folhas, além de ser tolerante a fogo e sombreamento. Seu alto poder de resistência também se deve à capacidade de suportar períodos sem água e em regiões com temperaturas elevadas, como as de clima tropical, embora não se adapte bem a solos mal drenados. Por sua alta adaptabilidade, esta é a espécie mais comum de todas as Brachiarias, sendo encontrada em todas as regiões brasileiras.
No que diz respeito, especificamente, ao controle de Brachiaria decumbens e de outros tipos de espécies de capim Brachiaria – como brizantha, humidicola, entre outras –, existem diferentes períodos críticos de controle que, se não respeitados, poderão iniciar uma competição com a cana-de-açúcar e, consequentemente, apresentar perdas de produtividade devido à interferência destas espécies de plantas daninhas com cultura em questão.
Primeiramente, há estudos que mostram a total relação entre período crítico de controle e o espaçamento da cultura adotada. Os resultados desses trabalhos demonstram que o momento crucial para controle da Brachiaria decumbens, associado a outras espécies, é compreendido entre 74 e 127 dias (Kuva, 1995), para espaçamento de 1,35m entre sulcos em cana planta, em ensaio realizado na região de São João da Boa Vista (SP). Entretanto, este valor pode ser totalmente modificado quando se trabalha em sistemas em que são adotados espaçamentos que variam de 1,40m e 1,50m, este último mais comum na região Centro Sul do Brasil.
Um dos caminhos possíveis para um melhor controle é o pré-plantio incorporado (PPI), técnica que permite diminuir o banco de sementes de B. decumbens no preparo do solo. O objetivo é aumentar a eficácia do tratamento herbicida que será adotado posteriormente no manejo em pós-plantio, em que é possível trabalhar com inúmeras moléculas isoladas ou em associações, verificando a relação dose, textura de solo e clima (precipitação).
Neste sentido, a Arysta LifeScience vem desenvolvendo este posicionamento em aplicações PPI com o herbicida amicarbazone, buscando um efeito agregado aos tratamentos posteriores em pós-plantio.
Um outro ponto a ser destacado nesta batalha é o benefício que a colheita mecanizada pode trazer ao controle de plantas daninhas em cana soca, pois não exige a queimada da palha. Embora parte da Brachiaria consiga crescer por meio da palha, a praga encontra mais dificuldade nessas condições. Mesmo com o efeito herbicida proporcionado pela palha, a adoção do uso de herbicidas sobre áreas colhidas mecanicamente é indispensável para se obter a eficácia máxima desejada. Vale lembrar que, mesmo com grandes quantidades de palha depositada por hectare, é indispensável o uso de herbicidas de alta performance, capazes de se manter estáveis sobre a palha nos períodos secos e com grande potencial de atravessá-la com pequenas quantidades de precipitação. E, claro, possuir ação de controle tanto em espécies de Brachiarias como também em espécies de plantas daninhas de folhas largas (ipomeas e merremias), que estão conjuntamente presentes em áreas de altas infestações de Brachiarias.
Com o objetivo de oferecer soluções que possibilitem maior rentabilidade e contribuam com o aumento da vida útil das plantações, a Arysta LifeScience desenvolveu o amicarbazone (Dinamic®), um produto inovador que compõe a extensa linha de herbicidas da empresa. Destinado ao combate de plantas daninhas da cana planta, cana soca queimada e cana soca crua, Dinamic apresenta excelentes resultados quando aplicado em qualquer estação do ano, com destaque no manejo em época de seca. O produto apresenta o maior residual comprovado do mercado, pois permanece ativo no solo por mais tempo e reduz o custo por dia de tratamento.
A amicarbazone (Dinamic®) pode ser uma grande ferramenta para obtenção de controle em capim Brachiaria , agregando também, com total garantia de eficácia, o controle de espécies específicas e em constante presença após o advento da colheita mecanizada, como as Ipomeas, Merremias e outras espécies de dicotiledôneas (mamona, mucuna e melão de São Caetano), em fase de desenvolvimento.
Além disso, inúmeras outras moléculas podem encaixar-se no manejo de capim Brachiaria e outras ervas – entre elas, destacam-se o hexazinone + diuron (DIZONE®), tebutiuron (LAVA®), ametrina, entre outras. Com o complexo de ervas que se encontram associadas ao capim Brachiaria nos sistemas de produção de cana-de-açúcar, se torna indispensável o uso de moléculas com maior nível tecnológico e totalmente adaptada às aplicações em todas as épocas de manejo – semi-seca, seca, semi-úmida e úmida. Essas moléculas devem ser providas de características de alta performance (residual) e seletividade à cultura em pós-emergência, pois, o excesso de chuva prejudica a entrada dos maquinários para realização da aplicação em pré-emergência.
Pesquisas evidenciam ainda a eficácia da molécula amicarbazone (Dinamic®) para o controle de diversas outras variedades de Brachiaria, com 100% de controle no uso do produto em doses convencionais. Os prejuízos causados aos produtores por essas outras variedades da Brachiaria assemelham-se aos da Brachiaria decumbens.
Além disso, o conceito da Redução Gradativa de Dose (RGD) pode e vem sendo adotado por nossos clientes, onde recomendamos o uso de Dinamic® isolado e reduzindo gradativamente as doses com o excesso de chuva, considerando a maior velocidade de fechamento da cultura e timing de aplicação na época úmida. Ressalta-se que, muitos herbicidas quando são deduzidas suas doses, podem não obter o controle eficaz e induzir a resistência das espécies de plantas daninhas.
No caso do amicarbazone, trabalhos realizados por instituições de pesquisa como Faculdade de Ciências Agrárias da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo), demonstram que este produto é totalmente eficaz a diferentes espécies de plantas daninhas em concentrações baixas disponíveis no solo para as plantas. Com isso, a implantação do conceito RGD pode ser utilizada com tota
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