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     24/11/2024            
 
 
    

O impacto das mudanças climáticas na sustentabilidade do planeta é assunto sempre presente nos meios científicos, políticos, acadêmicos e na cobertura da mídia. Contudo, um olhar mais apurado para os principais desafios da humanidade nos remete à prioridade do tema água. Não é para menos. Dentre os recursos naturais, a água hoje é o mais ameaçado do planeta. Os intensos e crescentes impactos no meio ambiente vêm comprometendo cada vez mais a qualidade dos recursos hídricos disponíveis.

Uma alternativa para modificar essa realidade é intensificar programas de educação ambiental para o consumo consciente da água e programas de restauração, por exemplo, de matas ciliares, que são fundamentais para a manutenção das fontes de água e da biodiversidade. Com isso é possível o controle da erosão nas margens dos rios e córregos, redução dos efeitos de enchentes, manutenção da quantidade e qualidade das águas, filtragem de resíduos, a conservação de habitats para diferentes animais, o que mantém a biodiversidade da fauna local.

A sociedade tem um papel importante nesse movimento de conscientização. A restauração de áreas de preservação permanente, reserva legal, matas ciliares e áreas urbanas são importantes para manutenção e conservação dos recursos hídricos. E para que essas áreas cumpram sua função ecológica, é importante que haja o acompanhamento para manutenção de regiões consideradas produtoras de água. Essa é uma das etapas mais importantes para autossustentabilidade do ecossistema local.

Três quartos da superfície da Terra é coberta por água. Desse total, 97% é salgada. A parcela de água doce, apropriada para o consumo humano, corresponde a apenas 3%. E dessa parcela, cerca de 68% está nas calotas polares e pouco menos de 30% nos aquíferos. O restante, ou seja, pouco mais de 1%, está disponível nos rios e lagos e em outros reservatórios – nuvens e valor d’água, por exemplo.

Acredita-se que a quantidade atual de água seja praticamente a mesma de 3 bilhões de anos atrás, já que o ciclo da água se sucede - dos rios, lagos e mares para as nuvens, depois precipita –, num ir e vir infinito. Se olharmos para as necessidades do passado, essa disponibilidade era adequada. Há 2 mil anos, a população mundial correspondia a 3% da atual. A partir de 1950 o consumo mundial triplicou e o volume disponível continua inalterado. Outro dado alarmante: segundo a ONU, para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem, resultam 10.000 litros de água poluída.

Nunca se fez tão urgente a conscientização da importância dos impactos: em todo o mundo, a irrigação na agricultura responde por cerca de 70% do consumo de água; 20% vão para a indústria; e os 10% restantes destinam-se ao uso doméstico. A expansão de áreas urbanas, os incêndios, a extração de areia e a ocupação irregular são exemplos mais evidentes dos impactos que comprometem o fluxo hídrico local, modificam as paisagens e contribuem para a escassez de água no planeta.

O caminho é a educação, a consciência social para a importância da preservação da água, do ambiente e da vida.

O Dia Mundial da Água (22 de março) foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992 para suscitar a reflexão, a discussão e a busca por soluções para combater a poluição, o desperdício e a escassez. Esse foi um primeiro passo para mobilizar a humanidade. Cabe a todos nós darmos continuidade a esse esforço. O Brasil é o país mais rico em água doce do planeta. Nada menos que 13,7 % de toda água do mundo está aqui. O Pantanal, no Mato Grosso do Sul, é a maior área úmida continental do mundo, e a Amazônia abriga as mais extensas florestas alagadas do planeta. Esse patrimônio natural da humanidade aumenta nossa responsabilidade na utilização dos recursos hídricos. Mas apesar de toda essa aparente exuberância, 40 milhões de brasileiros não têm acesso ao recurso. É preciso refletir sobre isso e, mais do que tudo, preservar.
 

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