De ciclo precoce e produtividade média que pode chegar aos 3000kg por hectare, uma nova cultivar de milho, a BRS Gorutuba, chega ao mercado como mais uma opção aos produtores do Nordeste. Seu ciclo dura, aproximadamente, 100 dias e pode ser usada em condições de safrinha, principalmente pensando em fenômenos como geadas. Segundo Cléso Pacheco, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, ela é uma variedade super precoce e desenvolvida para todas as regiões onde os períodos para término de ciclo são mais curtos, especificamente na região do Semi-árido Nordestino.
— Essa região mais seca é menos propensa a doenças foliares e de grãos. Então, não sabemos muito bem sobre o comportamento dessa variedade com relação às doenças em lugares de mais chuva — afirma o pesquisador.
Ele conta que, no Nordeste, ela pode ser usada também em uma região onde chova mais, como o Agreste. A Gorutuba, nessa região, serviria para o agricultor terminar o plantio dentro do período regimentado pelo zoneamento agrícola.
— Seriam usadas variedades de ciclo mais longo, começando no início do período. Mais para o final, as variedades super precoces poderiam ser usadas — orienta.
Pacheco diz ainda que, com esse mesmo raciocínio, ela poderia ser usada em condições de safrinha. Ela seria plantada no final da safrinha, pensando em possíveis condições de geada. No entanto, deve-se pensar sempre que esses materiais mais precoces produzem menos. Portanto, deve-se saber onde colocá-los para tirar o maior proveito.
— Em condições de boa adubação e irrigação, além de época correta de plantio, é possível colher 3000kg por hectare, em média, com a Gorutuba. Uma das empresas que produz suas sementes, já conseguiu produzir 120 sacos por hectare — conta.
As sementes da Gorutuba já estão disponíveis aos produtores rurais. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Tabuleiros Costeiros através do número (79) 4009-1300 ou do e-mail do entrevistado cleso@cpatc.embrapa.br.
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