Kamila Pitombeira 28/01/2013

O Estado de Minas Gerais é um dos principais produtores de dois componentes essenciais na mesa do brasileiro, o arroz e o feijão. Através de convênio Melhoramento do Feijoeiro para o Estado de Minas Gerais, que reúne a Epamig Zona da mata, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Embrapa, disponibiliza oito cultivares de feijão melhoradas e recomendadas para plantio em Minas Gerais. São elas a BRSMG Madrepérola, BRSMG Majestoso, BRSMG União, BRSMG Realce e BRSMG Tesouro.

— Todas essas cultivares têm potencial para produzir entre 3500kg e 4000kg por hectare dependendo do tipo de manejo que for utilizado — afirma Trazilbo José de Paula, chefe do Centro de Pesquisa da Epamig Zona da Mata.

As cultivares melhoradas prometem contar com um potencial de rendimento maior do que as mais antigas, além de maior resistência às principais doenças da cultura. Além disso, o trabalho de melhoramento considera aspectos relacionados à qualidade dos grãos, como cor, tempo de cocção, qualidade do produto cozido, porte das plantas, resistência à seca e precocidade.

— Essas cultivares são plantadas em regiões com elevado índice de antracnose, mancha angular, ferrugem e fusarium. Então, realizamos testes relativos a essas doenças. Infelizmente, ainda não conseguimos uma cultivar resistente ao mofo branco, considerado a principal doença do feijão — conta o entrevistado.

Já em relação aos cuidados de manejo, Trazilbo explica que, em primeiro lugar, o produtor deve adquirir sementes de qualidade. Segundo ele, o percentual de uso de sementes de feijão no Brasil é muito baixo porque muitos agricultores aproveitam sua própria produção ou a produção do vizinho e deixam de comprar sementes, o que não é recomendado.

— Outro cuidado seria a escolha da melhor época. Muitos agricultores ainda insistem na produção do feijão no período das águas. Com isso, a colheita acaba sendo feita nessa época, o que torna ruim a qualidade do produto — completa ele.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Epamig Zona da mata através do número (31) 3891-2646.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 31/01/2012