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Agroenergia    
Mamona é opção para agricultor nordestino
Oleaginosa conta com boa tolerância à seca e cresce no mercado de produção de biodiesel da região
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Kamila Pitombeira
27/09/2011

Com o crescimento do mercado de biodiesel, a demanda por produtos tem sido superior à oferta. Isso faz com que novas culturas ganhem espaço, como é o caso da mamona. Com boa tolerância à seca, a cultura tem sido um dos investimentos da Petrobrás, que instalou uma usina de produção de biodiesel a partir da oleaginosa no Estado da Bahia e passou a comercializar com os produtores da região. Segundo Máira Milani, pesquisadora da Embrapa Algodão, a principal vantagem da mamona é a boa tolerância à seca. Enquanto que outras culturas, como o milho e feijão, sofrem bastante com o período de estiagem, a cultura da mamona é mais resistente, pois tem a produção em ciclos.

— A produção de óleo nacional é muito pequena quando comparada ao volume de biodiesel necessário. A cultura mais usada para a produção de biodiesel é a da soja, que conta com uma produção maior. No entanto, o mercado de óleos vegetais no país é muito grande, permitindo que várias culturas, como a mamona e o girassol entrem. A mamona é importante para a indústria de biodiesel e química — afirma a pesquisadora.

Buscando investir nessa nova forma de produção de biodiesel, a Petrobrás criou uma usina em Candeias (BA) para produzir o biodiesel através do óleo de mamona. A empresa tem feito alguns contratos de compra e venda com produtores de mamona da região. Segundo Máira, esses contratos são anuais e, através deles, a Petrobrás compra a produção de mamona a partir de sementes de cultivares melhoradas distribuídas pela própria empresa.

— A Embrapa é a principal empresa que tem trabalhado com cultivares para a região Semiárida. Entre elas, estão a BRS Nordestina, a BRS Paraguaçu e a BRS Energia. A Nordestina e a Paraguaçu são cultivares de ciclo mais longo, indicadas para consórcio, de colheita e descasque manual. A produtividade média dessas variedades gira em torno de 1500kg por hectare — conta.

Já a Energia, de acordo com a pesquisadora, é uma cultivar de ciclo curto, em torno de 120 dias, indicada para cultivo em sucessão. Sua produtividade média é de, aproximadamente, 1800kg por hectare.

— Para a produção em consórcio com a mamona, as culturas mais indicadas são as rasteiras, já que ela sofre muito com o sombreamento. Nesse caso, o milho não é indicado, mas sim o feijão caupi e o amendoim. A principal vantagem do consórcio é conseguir produzir duas culturas simultaneamente e obter melhor condicionamento de solo. A desvantagem é não conseguir a mesma produtividade do cultivo convencional — diz ela.
 
Máira explica ainda que, no consórcio, a mamona deve ser plantada de 15 a 20 dias antes da cultura consorciada. Além disso, deve ser feito um bom controle de plantas daninhas, além dos demais cuidados comuns no cultivo convencional.

— A principal doença da mamona é o mofo cinzento. Na Região Nordeste, ela acontece em períodos mais úmidos, principalmente no Agreste. Já a principal praga da cultura, é o percevejo verde. No entanto, como não existem produtos químicos registrados para a cultura da mamona no Ministério da Agricultura, a técnica utilizada contra esses problemas é o plantio de escape — conta.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Algodão através do número (83) 3182-4300.

 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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