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Manejo    
Controle biológico de pragas é eficiente em lavouras da região Central mineira
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Guilherme Viana, Embrapa Milho e Sorgo
04/01/2016
 
Resultados promissores no controle biológico de pragas em lavouras de milho e sorgo vêm sendo contabilizados pela equipe da Embrapa e por produtores associados de duas instituições localizadas na região Central de Minas Gerais, a Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e o Sicoob Credioeste. Implantadas no final de novembro na microrregião de Abaeté, no centro do Estado, as URTs ou Unidades de Referência Técnica, de um hectare cada, revelam plantios bem feitos, com plantabilidade adequada, e controle satisfatório de pragas, principalmente a lagarta-do-cartucho.
 
“Os primeiros resultados mostram o entusiasmo do produtor porque as soluções da Embrapa têm funcionado satisfatoriamente”, resume o engenheiro agrônomo da Embrapa Produtos e Mercado Sinval Lopes. As lavouras implantadas com cultivares convencionais de milho e sorgo estão limpas, sem incidência de pragas. “Nas safras anteriores, a maioria dos produtores utilizou cultivares transgênicas e teve que fazer algum tipo de controle químico”, explica o agrônomo.
 
Foram plantadas cultivares híbridas de milho da Embrapa (o BRS 1055, híbrido simples; o BRS 2022, duplo, e um material triplo, o HTMV1), além do híbrido de sorgo forrageiro para produção de silagem BRS 655. Desde o início do plantio, feito entre o final de novembro e o início de dezembro, a equipe vem monitorando constantemente as lavouras. Armadilhas para a detecção de mariposas, que são os insetos na fase adulta da lagarta-do-cartucho, foram instaladas. Liberações do Trichogramma, vespinha que atua como inimigo natural de lagartas, já foram feitas. O projeto está sendo conduzido pelas equipes de duas Unidades da Embrapa: a Milho e Sorgo e a Produtos e Mercado.
 
Durante a fase inicial do preparo do solo, houve orientações sobre plantabilidade, feitas pelo técnico agrícola João Batista Guimarães Sobrinho, da Embrapa Milho e Sorgo. Informações sobre cultivares e técnicas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) com ênfase em controle biológico estão sob a responsabilidade dos agrônomos Sinval Lopes, Ivênio Rubens e Sílvio Torres, sendo que os dois últimos profissionais são da equipe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo.
 
As cultivares de milho e sorgo serão destinadas à produção de silagem, pois a pecuária leiteira é uma das atividades predominantes na região. “Nos últimos anos, problemas têm sido recorrentes com a alimentação do rebanho. A escassez hídrica e a incidência de pragas têm prejudicado bastante a disponibilidade de alimento no período mais seco do ano, o que transforma a silagem em uma boa alternativa de alimento complementar para o rebanho leiteiro”, afirma Ivênio. Para maior internalização das tecnologias por parte dos técnicos e produtores, após a colheita das cultivares de milho e sorgo, no ponto de ensilagem, um dia de campo será realizado na região para apresentação e compartilhamento dos resultados.
 
Entenda o projeto
Desde a década de 1970, a Embrapa Milho e Sorgo desenvolve pesquisas sobre o controle de pragas agrícolas com o objetivo de reduzir a população de diversas espécies, sem contaminar o meio ambiente com agrotóxicos. Uma dessas pesquisas aborda os insetos úteis denominados agentes de controle biológico natural. Sob a coordenação do pesquisador Ivan Cruz, a equipe de profissionais da Empresa desenvolveu tecnologias simples, mas de grande eficiência no controle das pragas de milho, em substituição aos agrotóxicos.
 
Uma desta tecnologia é baseada na liberação, na área-alvo, de um inseto de tamanho reduzido conhecido como vespa Trichogramma, que somente sobrevive dos ovos da praga, especialmente da lagarta-do-cartucho e da lagarta-da-espiga. A eficiência dessa vespa está relacionada à sua capacidade de rapidamente encontrar os ovos das pragas no campo; de impedir o nascimento das lagartas; de possuir um ciclo muito curto e, principalmente, por já existir no Brasil disponibilidade comercial desse inseto. A equipe coordenada pelo pesquisador Ivan Cruz também desenvolveu a metodologia de uso da armadilha contendo feromônio sintético para detecção da chegada da mariposa das pragas no campo, antes que ela comece a colocar seus ovos. Dessa maneira, o agricultor pode rapidamente tomar a decisão de liberar a vespinha no campo na época mais correta.
 
Já o trabalho entre a Embrapa, a Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e o Sicoob Credioeste teve início na safra 2014/2015, quando Unidades de Demonstração foram instaladas no município de Abaeté para a apresentação de cultivares de milho e sorgo para silagem. Tecnologias foram reunidas em um projeto com o objetivo principal de aumentar o volume e a qualidade do leite produzido. Os municípios contemplados são: Abaeté, Biquinhas, Cedro do Abaeté, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Martinho Campos, Morada Nova de Minas, Paineiras e Quartel Geral.
 
A equipe da Embrapa vem transferindo tecnologias relacionadas aos seguintes temas: promoção e desenvolvimento de cultivares de milho e sorgo para silagem; clima e agricultura; manejo e conservação de solo; barraginhas; correção do solo e adubação; integração lavoura-pecuária; manejo de pragas e de doenças; produção de silagem; regulagem de implementos agrícolas; e legislação (Novo Código Florestal, Áreas de Preservação Permanente e Cadastro Ambiental Rural). Essas diretrizes estão reunidas em um contrato de parceria técnica elaborado pela Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Produtos e Mercado e instituições parceiras. O plano de trabalho prevê também a implantação de unidades de referência técnica e a possibilidade de implantação futura de biofábricas na região.
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