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O estudo para determinação de manejo de pastagem de Capim-quicuio (Pennisetum clandestinum Hochst. ex Chiov) desenvolvido na Estação Experimental da Epagri de Lages foi apresentado em um dos eventos satélites da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23), que aconteceu em Bonn, na Alemanha, de 6 a 17 de novembro.
O trabalho é resultado de uma parceria entre a Epagri, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Embrapa Pecuária Sul, e Universidade Nacional da Colômbia, e faz parte da tese da doutoranda da UFRGS Alejandra Marin Gomez, que apresentou os resultados na COP23. No trabalho, conduzido por ela e coordenado na Epagri/Embrapa pelos pesquisadores Tiago Celso Baldissera, Cassiano Eduardo Pinto e Fábio Cervo Garagorry, foi determinada a altura de manejo para a pastagem de Capim-quicuio com a utilização de uma metodologia que avalia e determina o manejo através do comportamento e animal e consumo de forragem. Nesse tipo de manejo é levado em consideração, além de parâmetros das plantas, a resposta dos animais. No experimento foram utilizadas novilhas de leite da raça holandesa e os resultados do trabalho apontaram que a altura para a definição da entrada dos animais em pastagem de Capim-quicuio é de 20cm.
Baldissera explica que com esses resultados é possível maximizar tanto a produção de forragem como a produção de leite ou carne. “Trabalhos com outras espécies forrageiras já foram realizados ou estão sendo conduzidas na estação experimental de Lages e por diferentes universidades do país determinando, além da altura de entrada, a altura de saída, que é definida quando o pasto atinge 40% de rebaixamento da altura inicial, e para o Capim-quicuio esta altura é de 12cm”. Pesquisas recentes lideradas por instituições de pesquisa do Brasil apontam que esse tipo e manejo da pastagem apresenta potencial de mitigação dos gases do efeito estufa, principalmente pela maior eficiência do sistema, ou seja, maior produção de pasto, maior produção animal por unidade de área (carne ou leite), associando a conservação ambiental.
Pelo grande destaque do trabalho, a aluna, além de apresentar os resultados em um evento satélite, foi nomeada como delegada da Colômbia para assistir o COP23, que reúne aproximadamente 200 países. O trabalho apresentado será publicado de forma preliminar no site do Research program on Climate Change Agiculture and Food Security.
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