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A Central de Comercialização da Agricultura Familiar, localizada em Várzea Grande, completará no mês de março, um ano de funcionamento. Com investimentos na ordem de R$ 3,6 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), numa área de 5 hectares e 3 mil metros quadrados de área construída, produtores de 14 municípios da Baixada Cuiabana comercializam a produção de legumes, verduras e frutas. Técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Agricultura Familiar (Sedraf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) realizaram o levantamento em 792 propriedades rurais com 508 produtores, numa área de 1.351 hectares, que poderão abastecer o ano todo a Central.
O produtor rural, Eder Messias da Costa, do município de Poconé, do assentamento rural Agroana (155km ao Sul de Cuiabá), produz hortifruti numa área de três hectares, há dez anos. Com a inauguração da Central de Comercialização 12 produtores do assentamento se uniram para comercializar a produção de quiabo, abobrinha, pepino, jiló, pimentão, berinjela e outros. Eder comenta, que para escoar a produção e vender nos mercados de Cuiabá já pagou frete de R$ 4 por caixa transportada. “Hoje ficou mais fácil. Os caminhões da Sedraf passam no município recolhendo as caixas e mercadorias”, declara Messias.
Segundo Eder, o apoio no transporte, retirando as mercadorias das áreas produtoras é um passo importante do Governo do Estado e deve ser permanente. Os assentados comercializam em média 100 caixas de produtos durante a semana. O produtor rural, Roniclei Vieira de Menezes, com o sistema de irrigação implantado em sua propriedade pretende produzir hortaliças o ano todo. “Vendendo o meu produto na Central de Comercialização estarei garantindo a ampliação de outras áreas” destaca Roniclei.
Os produtores rurais Mário Centoriano Júnior e Maria Aparecida Levandowski são os pioneiros a comercializarem a produção na Central e esclarecem que é necessário maior organização dos produtores rurais para garantir o abastecimento. Conforme Mário, é importante também organizar as rotas dos caminhões que percorrem as propriedades rurais, recolhendo as mercadorias. Ele sugere padronizar o dia e horário que será feita a coleta. “Precisamos ter o produto para o consumidor comprar no dia certo”, enfatiza Júnior.
O coordenador da Central, José Alfredo da Costa Marques, comenta que devido ao desequilíbrio da produção foram realizadas 12 reuniões com apresentação do diagnóstico de produtividade e área plantada dos produtos mais cultivados em determinadas regiões. Com a participação de 600 produtores rurais estão elaborando o Plano Municipal de Desenvolvimento e organização da produção e comercialização de Frutas, Legumes e Verduras (FLV’S). “Acredito que até o final deste ano a produção estará equilibrada e organizada para atender a sociedade de forma”, fala José Alfredo.
O supervisor Regional da Empaer, Vico Capistrano ressalta que em fevereiro será realizado a capacitação de 45 técnicos, nas áreas de fruticultura, cooperativismo, classificação de produtos, preparo do solos e outros. E até julho de 2011, produtores serão treinados e capacitados em tecnologia da produção. (Rosana Persona)
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