Um grupo de produtores de leite de Pitanga, PR, encontrou na organização uma forma de aumentar seus rendimentos. A negociação conjunta da produção foi a alternativa e os resultados já apareceram. Desde fevereiro, o grupo está vendendo o leite a preços 25% acima dos valores praticados na região. Essa estratégia de comercialização, além do planejamento de propriedades leiteiras foram os temas de um dia de campo, realizado no dia 12 deste mês, no município.
A propriedade de Diones Leal Warmeling, na comunidade Vila Nova, foi o local escolhido para o dia de campo. Cerca de 60 pessoas visitaram o sítio e viram de perto a Unidade de Referência em produção de leite que ali foi instalada. Participaram da atividade produtores do município, alguns integrantes do Projeto Leite EMATER/Chamada Pública ATER/MDA, técnicos de empresas privadas e do Instituto Emater. A produção de forragens de inverno, a prevenção de doenças em bovinos de leite e o planejamento da propriedade foram os principais temas discutidos.
Na propriedade de Warmeling, as avaliações de forrageiras de inverno foram iniciadas em 2015, numa ação conjunta entre Instituto Emater e IAPAR. Com essa iniciativa foram instaladas seis Unidades de Referência na região Central do Paraná, para a análise do comportamento e produção das forrageiras de inverno. Os produtores puderam ver a diferença de produção das forragens em sobressemeadura, área solteira e consorciada de aveia branca e azevém.
Os técnicos destacaram a importância do planejamento forrageiro, para que o produtor possa dispor de volumosos durante todo o ano e, mais especificamente, durante o inverno. Além disso, os técnicos também observaram que o manejo da fertilidade do solo é fundamental para que as forrageiras tenham condições de demonstrar seu potencial de produção. Os participantes também foram motivados a adotarem o planejamento da atividade em suas propriedades.
O grupo, formado por 130 produtores da região, reúne um volume de 90 mil litros de leite por dia. Como a coleta e o frete dificultavam a comercialização, eles resolveram assumir esse custo e adquiriram caminhões para captar o leite nas propriedades. Assim, passaram a ter mais liberdade para comercializar a produção, acertando o preço do leite entregue no laticínio. De acordo com Paulo Hiroki, extensionista do Instituto Emater que acompanha o trabalho, essa estratégia deu total independência aos produtores. A ação coletiva não termina por aí. Eles já estão analisando a compra de um terreno para instalar uma plataforma de recebimento do leite e para a armazenagem de insumos.
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