Trabalho de organização rural realizado pela Emater viabilizou a participação de 10 cooperativas de agricultores familiares em projeto de feiras de hortifrutigranjeiros promovido pela prefeitura de Curitiba. Com a orientação de técnicos do Instituto, essas organizações conseguiram formar um Consórcio capaz de garantir constância na oferta, formação de escala e maior variedade de produtos entregues.
Segundo José Custódio Guimarães Júnior, extensionista da Emater que coordenou esse trabalho, a Prefeitura, inicialmente, procurou o apoio do serviço de extensão rural do Estado porque queria realizar feiras de frutas e hortaliças selecionando, através de licitação, uma cooperativa de agricultores familiares. "Aí, mostramos que uma única organização dessas não teria condições de atender toda a demanda. Foi então que propusemos construir esse consórcio e trabalhamos para que isso acontecesse".
O extensionista explica que a experiência é inédita. "Já existiam consórcios de cooperativas para a prestação de serviços, mas para a comercialização de produtos da agricultura, ainda não".
Atualmente, o Consórcio de cooperativas da agricultura familiar atende 15 feiras e um "sacolão" promovidos pela Prefeitura. Até o final deste ano, outras cinco feiras e um "sacolão" podem ser criados. "E os resultados são positivos. Na média, em cada feira são comercializados, por dia, cerca de 10 toneladas de alimentos. Com vantagens tanto para o produtor quanto para o consumidor.
O agricultor recebe até 40% mais do que o preço praticado dentro da Ceasa e a população economiza cerca de 50% em relação aos valores cobrados pelos supermercados", comenta Custódio. Cerca de 7 mil famílias de pequenos produtores são beneficiados com o trabalho.
Os resultados colhidos até aqui, motiva Emater e Secretaria de Estado da Agricultura a levar a idéia de formação de Consórcio entre cooperativas de agricultores familiares para outras partes do Paraná. "Já existe negociação, neste sentido, na região de Londrina. E esses consórcios podem ser criados para acessar também canais oficiais de compra de alimentos, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar ou Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, e até espaços tradicionais como quitandas e sacolões", conclui o técnico da Emater.
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