Um grupo de 19 mulheres de Porto Barreiro, região de Laranjeiras do Sul, PR, saiu da informalidade com o apoio da administração municipal e do Instituto Emater. Elas formaram a Cooperbarreiro, Cooperativa de Trabalho de Porto Barreiro, no dia 18 de maio. Agora as mulheres poderão prestar serviços de costura a terceiros, dentro do que exige a legislação. Num futuro próximo as cooperadas esperam criar confecções próprias.
A organização do trabalho feminino em Porto Barreiro começou em 2013 quando a prefeitura comprou máquinas de costura, alugou um barracão e forneceu capacitação para trabalhadoras do ramo de confecção. A iniciativa pretendia melhorar as condições para que as mulheres desempenhassem suas atividades. Embora, as trabalhadoras tivessem recebido todo o apoio, elas estavam trabalhando de maneira informal. A situação irregular levou o Ministério do Trabalho a notificar a prefeitura, exigindo a regularização do trabalho das costureiras.
A partir desse fato a prefeitura solicitou a assessoria do Instituto Emater para organizar as mulheres, o que resultou na formação da Cooperbarreiro. Gecsur De Bortoli, da área de gerência de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), ministrou um curso básico sobre cooperativismo para as mulheres. No curso as costureiras tiveram noções gerais sobre o estatuto social da cooperativa, objetivos da sociedade, princípios do cooperativismo, direitos e deveres dos associados, estrutura organizacional, assembléias gerais, responsabilidades dos dirigentes e os passos para a formação da cooperativa.
No dia seguinte ao curso foi realizada a Assembleia Geral de constituição da cooperativa que contou com as presenças de Marines Critto, prefeita de Porto Barreiro, e de Gilmar Zanotto, assessor municipal de Planejamento. Na oportunidade Fabiana Aparecida da Silva foi eleita a presidente da cooperativa, Carolina Fernanda Rodrigues, vice presidente, e Sirlei Barbosa Mognon passou a responder pela tesouraria. O conselho fiscal foi constituído por Vergínia dos Santos Lima, Joice Koltz Borcate e Mariza de Fátima Pretto.
De acordo com Gecsur De Bortoli, a cooperativa tem o objetivo, entre outras coisas, de fazer a defesa social e econômica de suas associadas, através da organização do trabalho individual e tratando seus interesses junto a terceiros na prestação de serviços na área de facção. A cooperativa também poderá contratar serviços para suas associadas, com melhores condições e preços.
A partir da organização, as associadas poderão comprar em comum, máquinas, equipamentos, utensílios e outros bens necessários ao desenvolvimento das atividades da cooperativa. O extensionista lembrou ainda que também é função da organização promover o aprimoramento técnico-profissional de suas associadas e familiares, com a realização de cursos. Dentro das possibilidades, a cooperativa deve oferecer assistência médico-social às suas associadas e familiares, de acordo com critérios estabelecidos pela Diretoria ou pela Assembleia Geral. De Bortoli informou que as cooperativas de trabalho têm uma Lei Própria (Lei nº 12.690, de 19 de julho de 2012) que estabelece regras para a sua formação. A lei também prevê uma série de direitos aos associados, sem, contudo, garantir qualquer vínculo empregatício entre o associado e a cooperativa.
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