O leite é a principal atividade econômica para 5.800 propriedades organizadas no sistema cooperativo de Mato Grosso e responsável por 35% do leite formal industrializado no Estado. Diagnóstico da cadeia produtiva do leite realizado pelo Sistema OCB/MT – Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso – e pelo Diagnóstico da Cadeia do Leite de Mato Grosso-2012- realizado em parceria com o Sistema Famato / Senar e Sistema OCB/SESCOOP MT demonstra que a média de produção é de 100 litros/dia por cooperado. “Mas podemos chegar a uma média de 300 litros/dia, eliminando, por exemplo, a sazonalidade da produção, que atualmente chega a 60%, em conjunto com outras ações”, disse o analista de desenvolvimento do Sistema OCB-MT, Mauro Machado Vieira.
Foi constado no diagnóstico de que 90% dos cooperados convivem com vários fatores limitantes para o bom desempenho da atividade, tais como: baixa produção e produtividade, baixa qualidade e grande sazonalidade de produção, devidos principalmente por falta de profissionalização, gerenciamento da atividade e carência de assistência técnica especializada.
Para aumentar a produção de leite nas cooperativas, o Sistema OCB/MT deu inicio em 2014 ao Programa leite a Pasto, que é parte integrante do Programa de Desenvolvimento de Conhecimento Estratégico da Cadeia do Leite em Cooperativas de Laticínios do Estado de Mato Grosso, que tem como objetivos promover o conhecimento, desenvolver estratégias e ações para enfrentar os desafios impostos pelos mercados globalizados, promovendo o crescimento mútuo dos cooperados e cooperativas do ramo agro familiar.
O Programa foi implantado inicialmente em 3 cooperativas de leite, que estão entre as mais importantes, que são a Coopnoroeste, no município de Araputanga, Coopernova, em Terra Nova do Norte e Campileite, em Campinápolis. Nos dez módulos realizados, estiveram presentes 890 participantes, entre técnicos, cooperados e gestores.
O Programa terá duração de quatro anos e os resultados iniciais deste trabalho serão obtidos no final do ano. “O primeiro ano do Programa Leite a Pasto foi positivo e o trabalho continua forte, pois diante deste cenário cada vez mais competitivo é necessário agregar gestão profissional às propriedades permitindo adequações a sua expectativa de crescimento e ao cooperado o desenvolvimento da consciência cooperativa, comprometimento, fidelização, adoção de gestão e tecnologia, renda e maior participação no processo de governança”, disse Mauro Machado.
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