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Pesquisa  
Polpa do abacate produz combustível
Além do óleo para produção de biodiesel, é possível obter etanol a partir do caroço do fruto
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UNESP
14/06/2011

O professor Manoel Lima de Menezes do Departamento de Química da Faculdade de Ciências do Câmpus de Bauru coordena há mais de dois anos uma pesquisa para extração de óleo para produção de biodiesel a partir da polpa da fruta abacate. Segundo Manoel, trata-se de mais uma fonte alternativa de óleos vegetais que podem ser utilizados como matéria prima para se produzir biodiesel. O abacate, diz Manoel, têm teores de óleo que varia entre 5 a 30%; entre as 24 espécies plantadas no Brasil, podendo extrair de 2,2 a 2,8 mil litros de óleo de abacate por hectare. Este índice é bem superior, quando comparado com a extração de outros óleos a exemplos da soja, mamona, girassol que produzem entre 440 a 550; 740 a 1000; 720 a 940 e 280 a 340 litros de óleo por hectare, respectivamente.

Do caroço do abacate também pode ser obtido o etanol, pois possui em média 20% de amido, sendo possível obter 74 litros do produto por tonelada desta parte da fruta, valor extremamente próximo ao obtido na cana-de-açúcar e mandioca que geram entre 85 e 104 litros por tonelada, respectivamente.

Manoel aponta que o óleo de abacate é importado para diversas finalidades, mesmo com a enorme disponibilidade do fruto, mas faltam tecnologias adequadas para o seu processamento. O principal obstáculo para a extração do óleo, é o alto teor de umidade , em média 75%. Este alto teor e interfere no rendimento da extração. A produção do biodiesel do abacate é mais barato que o da soja, uma vez que o fruto oferece as duas matérias primas necessário para a obtenção do produto.

Para Manoel ainda há necessidade de investimentos em equipamentos para a extração do óleo do abacate, sobretudo um despolpador para separar a polpa do caroço. Recentemente, o professor Manoel foi convidado por produtores agrícolas da cidade de Sinop no Mato Grosso para explicar sua pesquisa, uma vez que a aquela região têm condições ideais para se plantar abacate de produzir o Biodiesel. Ele também proferiu uma ampla palestra no município de Sorriso – MT aos estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Sorriso – Fais - sobre a utilização do abacate para a produção de biodiesel.

O pesquisador reforçou que é necessário estudar o desenvolvimento de um despolpador, ou seja, um separador da polpa do caroço e produzir a centrífuga para obter máximo rendimento. Assista detalhes da entrevista no link abaixo:
 
http://www.pontofinalonline.com.br/vidarural/videos_detalhes.asp?cod_video=863
 
Entretanto, ele ressalta que Bauru poderia produzir o biodiesel em larga estala. “Em nossa região há vários plantadores de abacate, mas estes são enviados para o mercado, mas nada impede de produzir biodiesel com as frutas que são descartadas. Neste caso deverá ser ampliada a área de plantio, para que possa atender as demandas do mercado e biodiesel” opinou.

Já o funcionamento no motor do veículo, comparado com outros combustíveis tem a mesma performance e rendimento, Manoel esclarece que uma vez que o biodiesel obtido do óleo de abacate esteja em conformidade com a ANP 42, normas governamentais, as respostas nos motores são mesmas, comparadas com o diesel e biodiesel de soja. Já a produção em larga escala do abacate em nossa região corre-se o risco de elevar o custo da produção para ser utilizada no biodiesel, agregando valores à fruta uma vez que o seu consumo será aumentado consideravelmente. “É importante ressaltar que na safra o valor do abacate chegar a custar R$ 0,40 o quilo ou até menos e isto se deve ao fato de que, culturalmente, os brasileiros não têm hábitos alimentares de consumir esta fruta”, salientou Manoel.

Manoel destaca que um dos principais obstáculos para a se obter óleo é o alto teor de umidade, como foi enfatizado. “Esse foi um dos desafios que a pesquisa se propôs a solucionar: aperfeiçoar as metodologias de extração para obter melhor rendimento”, finalizou. Contato com o pesquisador pelo telefone (14) 3103-60.88 ou pelo e-mail: << menezes@fc.unesp.br >>
 

 

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