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Rodrigo Peixoto, Embrapa Arroz e Feijão
18/03/2016
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Representantes do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) discutiram no dia 10 de março, na sede da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), parceria para a transferência da tecnologia do feijão RMD (transgênico resistente à doença mosaico dourado).
As negociações são para um acordo de cooperação que permita ao IAC utilizar plantas de feijão da Embrapa, com a tecnologia de resistência ao mosaico dourado (RMD), como vetoras para cruzamentos dentro de seu programa de melhoramento de feijão.
Na reunião, o diretor-geral do IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell, demonstrou interesse no feijão RMD e vê a iniciativa como uma oportunidade de maior aproximação entre as duas instituições. "É uma possibilidade de buscar novos modelos de atuação em pesquisa e em transferência de tecnologia", disse Carbonell.
Para o chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Flávio Breseghello, a discussão desse tipo de cooperação contribui para que mais parceiros tenham acesso e obtenham melhor proveito da tecnologia RMD. Segundo ele, uma das maneiras de apresentar o impacto dessa inovação é sua inserção no background de outros programas de melhoramento do feijão, como está sendo pretendido.
Ao final da reunião, ficou estabelecido que a Embrapa enviará ao IAC uma proposta de convênio para que o assunto seja analisado mais detalhadamente. Iniciativa semelhante a esta vem sendo realizada também com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
Tecnologia RMD
A transferência da tecnologia RMD (Resistente ao Mosaico Dourado) para programas de melhoramento permite aos parceiros gerar suas próprias variedades de feijão para combater a doença. Posteriormente, essas cultivares servirão aos agricultores como uma das opções para controle do mosaico dourado.
A Embrapa já possui uma cultivar de feijão com a tecnologia RMD, registrada no final do ano passado no Ministério da Agricultura e cujo lançamento está em negociação.
O mosaico dourado é causado por vírus, transmitido pela mosca-branca, e se encontra disseminado, possuindo importância econômica, principalmente, em Goiás, Distrito Federal, parte do Triângulo Mineiro, parte sul de São Paulo, norte do Paraná, oeste da Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O controle da doença é feito, por meio do combate à mosca-branca, com a aplicação de inseticidas, aliada às estratégias de vazio sanitário, manejo integrado de pragas e a rotação de culturas.
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