As perspectivas de produção de milho e o potencial para aumento da oferta de etanol foram temas da apresentação do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, no TECO Brasil, evento realizado em Cuiabá nesta terça (19) e quarta (20) pela Novozymes.
O encontro debate as oportunidades na indústria de etanol de milho no país com representantes de empresas, governos e associações. “Discutir sobre este assunto é fundamental, especialmente quando tratamos da cadeia como um todo. Precisamos incentivar a indústria brasileira para que todos sejam beneficiados, do produtor ao consumidor”, afirma Dalcin.
O presidente da Aprosoja explanou sobre o mercado de milho, a utilização do grão, preços e perspectivas de crescimento de produção em Mato Grosso. Também falou sobre o mercado de etanol, informando que a frota de veículos no país deve chegar a 44 milhões em 2025. Com isso, o Brasil teria um déficit de 23 milhões de litros de combustível em 2030.
Mato Grosso produziu na última safra 30,4 milhões de toneladas de milho, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para agregar valor a esta produção, a geração de etanol a partir do milho é uma opção viável nos aspectos econômico, social e ambiental.
Foi o que concluiu o estudo apresentado por Dalcin e conduzido pelo Imea, Clusters do Etanol de Milho, encomendado pela Aprosoja e pelo Sindálcool-MT. O objetivo é nortear o produtor rural que queira investir no setor sobre melhor modelo e lugar.
O presidente da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), Ricardo Tomczyk, acredita que há a necessidade da organização de toda a cadeia de etanol de milho. “Acreditamos que esta nova indústria irá transformar a economia do nosso país”.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, o mercado é bastante competitivo e o desafio é a logística. “O consumo sempre existirá, o Brasil vai crescer. Se Mato Grosso não se organizar para produzir etanol, outro estado irá fazer. Se o país não produzir, vamos importar”, ressalta.
Já Miguel Ivan Lacerda, diretor de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, acredita que é preciso informar a sociedade sobre os benefícios do etanol. “Temos que explicar quanto custa para a economia nacional o uso de combustíveis fósseis e mostrar que etanol é mais sustentável, melhor para o meio ambiente e para a saúde humana”, finaliza.
Participaram do evento representantes da Novozymes, governo de Mato Grosso, Fórum Nacional Sucroenergético, FS Bioenergia, ICM Inc., IMEA, BNDES, Argus Media, Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Fluidquip Process Technology, SL Process Soluções Industriais, Fermentec, Phibro Ethanol Performance, Usimat, LAZco Softhouse e Consultoria, VetterTec Inc., TGM Turbinas.
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