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Foi criada nesta segunda-feira (18) a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), em Cuiabá. Composta pelo setor privado e entidades representativas do setor agrícola, o objetivo da associação é fomentar o desenvolvimento industrial do etanol de milho no país.
Conduzida pelo conselheiro consultivo e ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, e pelo também conselheiro consultivo e vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, a Unem é um marco para o setor.
“Nosso objetivo é focar no desenvolvimento da cadeia do etanol de milho. Sabemos que temos potencial. Agora, com a associação, poderemos desenvolvê-lo de maneira mais articulada”, afirma Tomczyk.
Defensor do etanol de milho há anos em Mato Grosso, Silveira destaca a importância da associação com foco em resultados. “A associação é um marco para o desenvolvimento dessa cadeia que vem crescendo no Brasil. É importante termos uma associação nacional, que busque alternativas para resolver nossos gargalos e também que incentive o setor”, afirma.
Para o presidente da FS Bionergia, Henrique Ubrig, a Unem possibilitará o crescimento de todos os elos. “A associação é um grande benefício para incentivar a competência, organizar a indústria e acelerar o processo de instalação de novas unidades industriais. Esse é o grande motor. Nós já somos palco de uma produção agrícola espetacular, mas a indústria ainda é embrionária. A associação vai acelerar esse processo, unindo a cadeia e fazendo com que os processos sejam mais dinâmicos e eficazes”, pontua.
A FS Bioenergia é uma usina que produz etanol e coprodutos do milho em Lucas do Rio Verde, inaugurada em agosto deste ano.
Presidente regional da Novozymes América Latina, Emerson Vasconcelos considera um avanço para o agronegócio a criação da Unem. “A associação veio em um momento essencial e adequado. Ela servirá para suportar e estruturar a cadeia do milho. Sabemos que só uma empresa ou uma parte desta cadeia não conseguiria, sozinha, fazer com que o etanol de milho se desenvolvesse”, destaca.
A Unem
A Unem foi criada durante reunião nesta segunda-feira (18). Estavam presentes e compõem a associação as seguintes instituições: Aprosoja, Associação dos Produtores de Sementes (Aprosmat), Abramilho, Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Do setor privado, estiveram representantes da indústria de etanol, como a FS Bioenergia e a SJC, de Goiás; fornecedores de máquinas e equipamentos, como SL Process, Fermentec, Amazônia Máquinas e Lallemand BDS; e empresas de produtos químicos, insumos e sementes, como Dow/Du Pont, Pioneer, Novozymes e Leaf.
Representantes da Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte (Coacen), das indústrias Alcoolina e Alcooad, da comercializadora CHS e da Fundação Rio Verde também participaram da reunião de criação da Unem.
O etanol de milho
Um estudo apresentado neste mês, realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e solicitado pela Aprosoja e Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindalcool-MT), mostrou que Mato Grosso tem viabilidade para produção de etanol de milho.
O levantamento foi feito entre os anos de 2016 e 2017. Foram visitados 11 municípios mato-grossenses, seis usinas de etanol e foram entrevistadas 70 pessoas. Para acessar a apresentação realizada pelo Imea, acesse aqui.
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