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     24/11/2024            
 
 
    

O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) realiza, dia 7 de junho, no campus do CNPEM em Campinas, a 2ª edição dos Workshops Estratégicos CTBE – WECTBE. Gratuito e exclusivo para especialistas, empresários e representantes de órgãos públicos, essa edição se dedica a debater os potenciais e desafios da Macaúba. O evento é organizado pelo CTBE e tem apoio do Instituto Agronômico (IAC) de Campinas. Acesse a programação.

Também chamada Coco-de-espinho, a Macaúba é um fruto conhecido, ainda que pouco explorado. A polpa é apreciada na gastronomia e de sua amêndoa se extrai um óleo de altíssima qualidade para uso industrial, já aplicado em biodiesel e com um enorme potencial de difusão entre as indústrias cosmética, alimentícia e de óleos. Pesquisas indicam que o óleo extraído da amêndoa da macaúba chega a superar o óleo de dendê, abrindo um novo leque de possibilidades. “Entendemos que a macaúba pode alavancar o mercado de óleo nacional e reduzir a dependência pelo óleo de palma”, pontua Gonçalo Pereira, diretor do CTBE.

Legislação
O ‘ouro verde’ – expressão utilizada pelos especialistas ao se referirem à macaúba – também se beneficia da criação de uma política nacional de biocombustíveis florestais prevista no Projeto de Lei 1291/15 cujo objetivo, conforme nota da Comissão de Minas e Energia, é “ampliar a participação desses combustíveis na matriz energética brasileira e promover o cultivo de florestas plantadas com potencial energético e a produção sustentável de biocombustíveis”.

Brasil é líder
O Brasil lidera as pesquisas com a macaúba, iniciadas em grande volume há cerca dez anos. A polpa apresenta excelentes propriedades alimentares e nutracêuticas. O óleo da amêndoa é apreciado pelas indústrias de alimentos e de cosméticos e o óleo da polpa, rico em ácido oleico, é ideal para obtenção de biodiesel e bioquerosene.

Dentre os desafios para a ampliação dos usos da macaúba destacam-se a necessidade de conhecer melhor os aspectos biológicos da espécie; a mecanização das atividades de plantio e colheita; as aplicações industriais dos seus diversos produtos, além da regulamentação de aspectos legislativos que facilitem a implantação da sua cadeia de produção.

“Vencer essas etapas”, explica Carlos Colombo, pesquisador do IAC, “permitirá que a macaúba possa ser empregada como fator de desenvolvimento regional e ser protagonista em ações de políticas públicas adequadas”.

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